Como na vida nada realmente termina (exceto, talvez, a própria vida), eis-me aqui complementando posts anteriores.
- 15/01/10 (sobre TGI): minha professora orientadora simplesmente "se escafedeu-se". Largou as orientações sem mais (e nem meio mas), sem avisar, claro — a delícia de descobrir algo por um comunicado afixado de qualquer jeito num mural de avisos entre outras 583 notícias fresquinhas!... —, não responde meus e-mails e não corrigiu meu trabalho, falou o que devia mudar, analisou eventuais problemas, deu o aval ou mesmo se dignou a ler o diabo. A nova orientadora, designada com muita graça e encanto pela própria faculdade, é uma simpática desconhecida que nunca vi mais gorda — ou quem sabe mais magra? — e que portanto não acompanhou a evolução do projeto e nem sabe qualquer coisa sobre mim ou meu trabalho. Uma alegria isso, e mais gratificante ainda é cogitar as mudanças na banca examinadora e nos critérios de avaliação, justo no meu último semestre na desgraçada faculdade. Cada vez adoro mais aquele lugar.
- 14/02/10 (sobre cinemas comerciais): acabei nem comentando um dos principais problemas desses lugares, que é o ódio a quem fica nas salas para ver os créditos finais dos filmes. Olha, eu paguei o ingresso, eu estou sentado, eu tenho todo o direito de ver o filme até o fim! Mas claro que isso irrita os sempre irritáveis funcionários dos cinemas comerciais. As táticas para me expulsar da sala — eu, que sempre sou o último a sair — costumam ser: acender escandalosamente as luzes da sala; andar pelas fileiras, atrapalhando minha visão, com o pretexto de ver se não deixaram algo nas fileiras, embaixo dos bancos etc. (o que é obviamente uma desculpa, já que o chão e as cadeiras vivem imundos); começar a falar bem alto com outro funcionário/atendente (geralmente sobre futebol, parece até que adivinham); fazer cara feia e se plantar na minha frente na sala, perto da tela; cortar os créditos antes do fim. Maldição, o filme tem música, tem esclarecimentos técnicos e de equipe, tem finais alternativos, ou simplesmente não tem nada, eu quero e posso vê-lo até o fim. Não tenho culpa se os filmes agora passam todos os créditos no fim e demora cinco minutos para esgotá-los. Que vão reclamar com quem os fez, ora. Mas do momento que estão ali, quero assistir a eles também, não vê-los seria como ignorar a orelha de um livro, ou seja, não ler o livro em sua integralidade. Esse é talvez o pior e mais comum defeito dos cinemas comerciais, e já fui vítima desses abusos em praticamente todo cinema comercial que freqüentei. A última vez que me ocorreu isso foi precisamente ontem. E quando acabou o filme e eu já me dirigia à escada para sair do andar, a funcionária do cinema gritou, para um público que esperava do lado de fora, não sei se para incitá-los contra mim ou como uma mesquinha forma de se aliviar: "JÁ PODE ENTRAR NA SALA QUATRO".
Há cada vez mais pessoas no mundo, mas cada vez menos gente.
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