sábado, 8 de maio de 2010

Jaula quase aberta

Desde 2005, quando entrei na faculdade, tive problemas com a instituição. À parte seu abominável corpo docente e outros problemas tão lamentáveis quanto, esbarrei em burocracias estúpidas, alguns atendentes mal treinados (e mal educados), incoerência em tudo, critério em nada. Então eu tomei a mesma decisão que tomei com relação à política, algo que, como eu já disse em um post anterior, não me alcança e não me representa: agora eu simplesmente me ausento dos assuntos da faculdade. Não pertenço a lá, não quero saber de nada relacionado.

Desde o começo da faculdade eu não fui a festas, encontros, palestras não obrigatórias, eventos, não freqüento salas de estudo, dificilmente vou à biblioteca, não faço nada disso; mas ainda fui além e não dei um centavo à comissão de formatura (não quero oficializar com fingida alegria o fim de um tormento), não votei para escolher os professores que deverão ser homenageados no fim do curso (exceto numa fase posterior, com candidatos já selecionados de maneira pavorosa, em que votei para impedir que certos crápulas acabassem levando a distinção [deu certo em parte]), não falo a ninguém que estudo lá, só apresento a carteirinha da faculdade para ter desconto em cinemas e shows.

Eu não sou de lá, eu quero que minha passagem por esse local seja considerada uma curiosidade em minha biografia (e não um capítulo importante), eu não quero propagar e de certa maneira aclamar o nome de um lugar que para mim é sinônimo de sofrimento e desgaste.

E obviamente eu não vou em formatura nenhuma. O único aqui de casa que não cedeu à vontade dos pais de ver seu filho na festa, com smoking, a tradicional foto e mais tudo de praxe. Não bebo, não fumo, não me drogo, não tenho amigos lá, detesto os professores, não conheço os funcionários, odeio festas, sinto sono à noite, não gosto de ir para longe de casa muito tarde, não tenho o que fazer lá; e ainda economizei um baita dinheiro.

Eu não me quero associado àquele antro.

2 comentários:

  1. Falar quase diariamente sobre a faculdade não é o que eu chamaria de uma estratégia inteligente caso você não queira ver seu nome associado a ela...

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  2. Bem, considerando que eu vou lá quase diariamente e que a quase totalidade dos meus problemas é relacionado a ela, me parece justo comentar sobre ela num diário, né.

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