O primeiro post deste blogue foi motivado pelo desejo de compartilhar uma excepcional entrevista com um escritor que admiro muito. Agora de novo me vejo nessa alegria de leitor, nessa sanha de divulgador de coisas nobres e obscuras; depois de Simenon, agora é a vez de Lobato.
Acho que já externei muitas vezes aqui minha admiração por esse gênio das letras — criador daquela que para mim é talvez a maior personagem da literatura brasileira: Emília, a Marquesa de Rabicó —, esse editor de visão, tradutor incansável e pioneiro, inovador da linguagem narrativa infantil, esforçado e sincero (e desiludido, naturalmente) ativista político, autor magnífico, original, brilhante.
Raro registro da voz desse inventor de mundos, a entrevista traz tantas coisas dignas de nota que não me estenderei sobre o humor lobatiano, sua percepção avançada da sociedade e dos conflitos internacionais (vou pregar também: "Bomba atômica para todos! Bomba atômica para todos!"), seu talento para contar todo tipo de histórias. Então aqui está essa entrevista:
P.S.: Dois dias depois, Monteiro Lobato deixaria este vale de lágrimas.
Lobato me lembra minha minha vizinha, que foi amiga de infância e colega de classe, nossas idas todas as tardinhas à biblioteca da escola, uma professora que pra mim foi um mistério e sua voz dizendo numa dessas tardes na biblioteca: "Levem este (Reinações de Narizinho), vocês precisam ler livros com mais paginas."
ResponderExcluirSurreal o incentivo; e funcionou?
ResponderExcluirA minha professora da sala de leitura não me indicou Reinações de Narizinho, mas li um bocado de livros de Pedro Bandeira por causa dela. É engraçado pensar que eu já achei um livro de 100 e poucas páginas enorme!
ResponderExcluirEu só li um livro do Pedro Bandeira, e já o conheci pessoalmente e já li várias entrevistas dele; nada me interessou.
ResponderExcluirCom uns dez anos achava a série Os Karas divertida. Alguns outros que são "menininhas" nunca me agradaram muito...
ResponderExcluirEm matéria de livros de aventura-mistério para pré-adolescentes, a Turma do Gordo é muito melhor! Já leu?
ResponderExcluirA Turma do Gordo é a série que começou com "O Gênio do Crime", né? Li os dois primeiros livros apenas, mas são ótimos.
ResponderExcluirE o que foi feito da Stella Carr? Ainda é viva? Escreve?
Sim! Essa série mesmo! Adorava, inclusive me correspondi muitas vezes com o autor, João Carlos Marinho. Belas lembranças da minha adolescência...
ResponderExcluirVi agora na internet que a Stella Carr morreu em 2008, mas eu não vi na época qualquer menção a seu falecimento!...
Eu não li não, aliás, lia pouquíssimo nessa idade. Ou seja, comecei mesmo há pouco tempo. Só fui me interessar de verdade por literatura com uns 13 ou 14 anos... Poderia ter sido antes, sim, mas meu interesse surgiu do nada, sem a ajuda de ninguém, sem conselhos ou recomendações, comecei de curiosa (e não só comecei, como até hoje busco tudo por curiosidade).
ResponderExcluirPoxa, também dei uma olhada na internet. Curiosamente, não existe praticamente nada a respeito da vida dela, nem mesmo um site de fãs. A única menção que achei ao seu suposto falecimento é a data na wikipedia. Será que é confiável?
ResponderExcluirFilipe, o incentivo deu certo sim. Na época eu li muitos do Monteiro Lobato que tinha na precária biblioteca. Eu tinha oito anos.
ResponderExcluirFoi lá que eu vi, Sergio. Acho que deve ser confiável, se fosse fato falso provavelmente já teriam apagado.
ResponderExcluirE eu também não sei de onde surgiu meu interesse por literatura, mas Lobato foi uma das minhas primeiras "percepções" nesse sentido; e aí segui lendo e lendo e lendo, porque afinal de contas a minha vida é tão sem graça e injusta que só me animo quando fujo dela...
Me descreveu na última frase... hahahaha
ResponderExcluirNo momento minha fuga está em "ouvir" as fofocas de duas famílias provincianas (lendo O Morro dos Ventos Uivantes). O engraçado é que eu me sinto mesmo uma "vizinha"; há alguns dias atrás eu era uma francesa sabendo sobre os escândalos de Madame Bovary.
Que coincidência, estou lendo um livro do Flaubert! É um barato mesmo se sentir um personagem da história. Eu costumo interpretar diálogos (e às vezes até a narração) quando leio, é um exercício bem interessante.
ResponderExcluirQual? Gostei muito de Madame Bovary e fiquei curiosa para ler os outros (sei que possui poucas obras).
ResponderExcluirTambém interpreto diálogos! Deve ser por isso que sou lenta para ler, e nem acho isso muito ruim. Gosto de ler com calma... suponho que uma pessoa que lê muito rápido, como aqueles que aprendem com leitura dinâmica, não poderia interpretar da maneira que faço.
Três contos. Estou no terceiro, mas empacado; estou em época de provas e mal consigo ler uma linha... De qualquer modo, estou no segundo capítulo e achando o pior conto dos três.
ResponderExcluirEu queria ler rápido, mas sou muito lerdo. Acho que isso foi depois que comecei a escrever e prestar mais atenção nisso, na importância de cada palavra...
Eu tenho medo de um dia não ter mais tempo para ler. Ou, se tiver, me sentir cansada e sem paciência para a leitura. Receio muito que isso aconteça um dia, principalmente por hoje em dia eu ter tanto tempo de sobra. Tanto que invento coisas para fazer e mesmo assim pareço ganhar mais ainda!
ResponderExcluirEu me sinto mais ou menos assim. Ando muito cansado e com muito sono, me distraio muito. Mesmo assim, às vezes "me forço" a ler; se não um livro, um gibi ou uma revista. Não quero nunca viver sem a beleza da ficção.
ResponderExcluirInvejo tanto seu tempo de sobra... Mas você pelo menos pode gastá-lo com seu namorado, eu sou sempre solitário...
Deve ser por culpa da faculdade. Espero que os seus ânimos melhorem quando terminá-la!
ResponderExcluirEu sinto muito sono e deve ser por dormir muito. Nessa semana estou lutando para não dormir quando chego do colégio, e ficar aqui no computador assistindo um filme. Sinceramente adoro dormir; para mim a minha cama é o melhor lugar do mundo. Mas acho que passei do ponto saudável há muito tempo... meu novo método contra a minha pessoa é me forçar a ver de oito a dez filmes por semana. Comecei semana passada e me senti muito, muito melhor...
Ah, não pense que também não sou solitária. Meu namorado vive em outro estado e nos vemos uma vez por mês, ou menos...
O meu sono é agravado pelo hipotireoidismo, infelizmente. Tenho tanto sono quanto um velho de setenta anos, depois das 23h eu praticamente pifo.
ResponderExcluirVer filmes anima, dependendo da época que você o faz e dos filmes que você vê. De qualquer modo, às vezes cansa, o que não é preocupante. Mas o que eu queria mesmo era pegar uma semana e dormir igual a um urso, uns dois dias direto, para ver se durmo tudo que ficou acumulado e finalmente possa dormir regularmente de novo. Eu demoro muito para pegar no sono e sempre acordo com muito sono, seja dormindo muito ou pouco.
Bem, você vê seu namorado uma vez por mês, mas com certeza escreve para ele, fala com ele pelo telefone etc. Ele sempre estará lá para te ouvir.
E sim, a faculdade me piorou muito nisso do sono...
Eu também demoro muito para pegar no sono! Nos últimos dias tenho dormido apenas quatro horas... isso porque burlei a minha regra de ir dormir às 23h na semana.
ResponderExcluirNão sou tão idosa quanto você... aos fins de semana fico no máximo até às 3h, ou assistindo um filme ou lendo. Mas com certeza eu acordei 12h e cochilei à tarde (um cochilo de aproximadamente três horas). Ahh, como eu adoro o fim de semana...
Anima, sim. Aliás, não faço outra coisa do meu fim de semana além de dormir, comer e ver um filme - com o meu irmão. Só leio quando ele está ocupado ou não está em casa... digamos que ele tenha ciúme e acaba ficando bravo por eu preferir os livros aos filmes com ele. E é divertido, o único defeito da minha companhia é que ela gosta de voltar uma cena que o encantou antes de terminá-la. Mas nos entendemos.
É assim: aos fins de semana os "nossos" filmes, e durante a semana os "meus" filmes.
O que você costuma fazer das suas tardes?
Hahaha, pode perguntar, oras. FORMSPRING WAY OF LIFE
ResponderExcluirGeralmente eu leio, ou escrevo, ou ouço música, ou vejo filmes, ou caminho até algum lugar...