Estava comentando com um amigo este belíssimo diálogo de A sereia do Mississipi:
— O amor dói?
— Sim, dói. Quando te olho, é um sofrimento.
— Ontem você disse que era uma alegria.
— É uma alegria e um sofrimento.
Isso é admirável. Lembro de uma entrevista em que o Simenon comentava que algumas pessoas criticavam seus romances policiais porque neles ninguém era inteiramente bom e ninguém era inteiramente mau. Eu também acho que todas as coisas importantes na vida são assim, "divididas" (por exemplo, faculdade é integralmente ruim; porque faculdade não é uma coisa importante), mesmo que as metades não sejam exatamente iguais.
E só isso que tenho a dizer. Pensar no que esse diálogo representa para mim foi uma alegria, mas também um sofrimento...
É uma das poucas coisas na vida que tenho certeza, que o amor dói. Mesmo quando correspondido.
ResponderExcluirE principalmente quando não.
ResponderExcluirNão acho que "principalmente" quando não. Estão na mesma proporção... acho que a diferença está em qual causa mais alegrias.
ResponderExcluirExatamente.
ResponderExcluir