As vacas espalhadas pela cidade de São Paulo são uma idéia de que sempre gostei, (ou seja, desde a primeira implantação). Fiquei bastante satisfeito com o retorno delas às ruas paulistanas. Na verdade, vejo poucas bovinas, já que meu campo de freqüência é bastante limitado; mas elas alegram o ambiente e são uma interessante forma de arte urbana.
Mas o que dizer dos vândalos que destróiem os pobres animais de plástico? Que as picham, que as rabiscam, descascam, depredam, danificam de todas as maneiras? Esses são os verdadeiros bichos, subespécies humanas que acabam com qualquer coisa positiva. Aí as vacas são confinadas, ficam em interiores de prédios, em lugares inacessíveis, longe das vistas das pessoas. É o único jeito de protegê-las durante sua curta estada aqui, parece. Ou colocar os vikings citadinos num curral, o que seria uma inovação peculiar (fica a dica aos pedagogos).
Outro dia vi uma chamada da Globo criticando o "fato" de que as vacas fazem na maior parte das vezes propagandas de empresas e produtos. Nem vou perder meu tempo defendendo os ruminantes, mas os executivos do jornalismo global com certeza pastam antes de escreverem as pautas do dia: é só ver qualquer minuto de uma telenovela do horário nobre e constatar que a ética e corretíssima emissora veicula em seus textos ficcionais até as marcas dos sutiãs de suas atrizes — em diálogos escandalosamente artificiais para promover suas parcerias de merchandising. Então olhe para seu rabo, macaco.
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