domingo, 14 de fevereiro de 2010

Projetor

Desonestidades dos cinemas comerciais:

- Exibir filmes em suportes diferentes dos originais. A fita branca, de Michael Haneke, foi filmado em 35 mm e nos cinemas comerciais de São Paulo a exibição está sendo em projeção digital. Isso é um absurdo, agravado pelo fato de que a exibição nessa desgraça de suporte não diminuiu nenhum custo para o espectador, já que o preço do ingresso continua rigorosamente o mesmo.

- Trailers em cineclubes. Já comentei isso aqui, mas não entrei em detalhes: o principal problema sem dúvida é que os trailers são de filmes exibidos comercialmente no cinema, e não da programação alternativa dos tais cineclubes. A bem da verdade, não sei se isso acontece em outro cinema que não o HSBC Belas Artes, mas é sem dúvidas algo patético.

- Cortes nos filmes. Não fui ver Brüno por essa razão, li no jornal que cortaram uma ou duas cenas do filme por não sei qual razão. O papo é sempre o mesmo: "as cenas excluídas são secundárias e não comprometem o entendimento da história", BULLSHIT! Todas as cenas de um filme pronto e montado são necessárias a ele, e não cabe a distribuidores estúpidos censurá-las.

- DVDs sendo exibidos em cineclubes pelo mesmo preço dos outros filmes. Que palhaçada é essa? Qual o custo de se alugar/baixar/copiar um DVD? Que história é essa de repassar ao espectador o valor normal de um ingresso? As exibições de filmes em DVD nos cineclubes devem evidentemente ser de graça — o que costuma acontecer, é verdade, mas já vi ocorrer diferente num filme de Jacques Tati no HSBC.

Mas sem dúvida a coisa que mais me irrita: incentivar o consumo da maldita e pestilenta e barulhenta e pavorosa e irritante e horrenda pipoca nas sala de exibição. Viva a Cinemateca!

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