domingo, 16 de maio de 2010

Os meus mortos

A única coisa certa na vida é que todos morrerão (até alguns morrem antes de nascer). Mas não há nada mais desabonador do que ver seus parceiros, amigos, conhecidos, gente próxima morrendo. Hoje me senti assim quando recebi a inesperada notícia da morte de um velho ídolo meu, Ronnie James Dio. OK, ele estava com câncer, mas a notícia de sua doença havia sido divulgada há tão pouco tempo que eu não pensava que levariam o duende do rock com tanta rapidez.

Dio foi um dos nomes mais importantes da minha rockfilia; por volta de 2004/2005 eu, após um ano ouvindo só Led Zeppelin, passei para a minha segunda banda favorita, Deep Purple — e como eu sou compulsivo, eu procuro TUDO (discos de estúdio, singles, bootlegs etc.), inclusive as árvores genealógicas das bandas e artistas que admiro; o Rainbow era uma conseqüência natural, portanto, porque era a banda fundada pelo gênio Ritchie Blackmore quando deixou o Purple no meio da década de 1970. E Dio foi o primeiro e talvez melhor vocalista da banda. Só sei que o álbum Rising, dessa formação com Dio nos vocais, foi um choque absurdo. Eu passava dias ouvindo e reouvindo o disco exaustivamente, desbravando cada nota, cada acorde, cada solo, cada ruído e chiado. Ainda hoje é um dos meus álbuns favoritos, e claro que fiquei maluco com a banda, passei a ouvir (e ainda ouço) tudo que posso. E por essa época acabei pegando outros projetos e obras com a participação do Dio, como o não menos sensacional Heaven and hell, o primeiro disco do Black Sabbath sem o Ozzy.

Esses dois álbuns com o Dio de vocal foram absurdamente importantes para a minha vida. E é por isso que fiquei chateado com a notícia da morte dessa grande voz, esse mestre de vitalidade e talento, que deixa o palco no meio ainda de uma performance que não parecia querer acabar assim, de repente.

Mas o que homens assim fazem fica para sempre, e eles se tornam imortais e nunca abandonam a gente. Este é um exemplo entre mil:

Um comentário:

  1. Francesinha Educada e Rebolantedomingo, maio 16, 2010 9:52:00 PM

    Não gosto de heavy metal. É coisa de gente sebosa e mal educada. Prefiro Charles Aznavour.

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