quarta-feira, 24 de março de 2010

Com que roupa?

Amanhã tenho que fazer umas audiências para a pasta de atividades complementares da minha maldita faculdade. E para isso vou ter que usar roupa social, coisa que detesto. E havia esquecido como essa é precisamente uma das coisas que mais odeio no "ser advogado": agora há pouco meu pai veio me perguntar, contrariado, como eu ia na audiência, pois ele sabe que não gosto dessas vestimentas; eu disse que iria de calça e camisa social. Ele se demonstrou irritado e praticamente "me intimou" (ele é um advogado, afinal) a ir com gravata e terno. Concordei logo, para ele sair e me deixar sozinho. Quando eu estagiava num Juizado, levava terno "de enfeite" às vezes, e detestava. Já odeio o calor deste país, ainda mais ficar me vestindo de palhaço para sofrer no sol e carregar um peso morto, inútil. Sempre tive pavor dessa mania dos advogados de querer se pavonear, de achar que a bendita roupa que trajam (igual a de todos os porteiros e motoristas) os faz superior, especiais, ou mesmo de considerá-la importante, indispensável. Ora essa. O operador do direito tem que estar apresentável, como de resto todos os profissionais em todas as áreas. Mas se faz um calor de trinta graus, para que serve o diabo da gravata, o grosso paletó? Para nada, obviamente. É uma necessidade ridícula de "tradição", de "formalidade". É a mania do macaco andar vestido para disfarçar o rabo. Não sei o que ocasiona isso, e sem dúvida é uma das razões por que os advogados têm tamanha má fama, grande parte (a maior, eu diria) justificada.

Na minha faculdade os professores entram todos de terno, mas agora já não conseguem manter a pose debaixo de tanto suor e logo os removem.

6 comentários:

  1. "É a mania do macaco andar vestido para disfarçar o rabo" hahahaha

    Usar terno nesse país é realmente uma coisa absurda, mas devo dizer que vocês homens ficam melhores assim (ou apenas com calça e camisa social).

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  2. Eu não. Sempre fico ridículo, "o defunto era maior". Fora que é desconfortável pra cacete. Eu não ando que nem mendigo normalmente, então não faço questão desses formalismos estúpidos para me sentir "bem trajado". E se fosse algo tão "distintório", não seriam todos os milhões de advogados que usariam essa roupa, né?

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  3. Acho bonito homens com ternos bem ajustados.

    Advogadas também usam terninhos, não é? Ainda por cima com salto alto.

    P.S.: Sobre vestuário masculino, amo camisetas listradas.

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  4. Nossa, roupa de advogada eu prefiro nem comentar.

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  5. Eu trabalho em um escritório de advocacia. Só eu sei o que passo pra seguir a linha do vestuário dos doutores...As vezes, quando me olho no espelho com esses terninhos horrorosos, só me imagino de sapatilha e vestido, ou um jeans e tênis, e penso como alguém pode preferir viver todo amarrado em gravatas e em coletinhos beges sufocantemente apertados.

    Não vejo a hora de cair fora de lá...Ah, e nada contra a classe, por favor, eu é que sou chata mesmo.

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  6. Tem que ter tudo contra a classe, porque advogado não é profissão, mas raça; e uma racinha miserável.

    Eu disse: as meninas de 16 anos entendem da vida.

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