domingo, 14 de março de 2010

Said the white rabbit

O nome de um dos meus escritores favoritos agora tem estado constantemente em reportagens e matérias na grande imprensa, e a febre irá aumentar consideravelmente, pois um filme de grande orçamento e divulgação baseado em obras suas está chegando nas próximas semanas. Naturalmente falo de Lewis Carroll, cujas Alices serão adaptadas por Tim Burton, após as clássicas versões da Disney, de Svankmajer e tantas outras.

Carroll é uma das minhas maiores inspirações, um autor de absurda inventividade que escrevia com o coração e com a cabeça, sua mente de matemático sagaz e lógico e seu afeto e respeito pelas crianças (ou por todo o seu público). É um dos poetas mais originais e brilhantes que conheço, criador dos versos mais delirantes da língua inglesa. Um talento fora do comum para criar enigmas e fazer brincadeiras com rimas, citações, convenções, diálogos, palavras. Subvertia os esquemas narrativos da literatura vitoriana e ao mesmo tempo demonstrava sua paixão pela linguagem, pela estrutura textual, pela confecção dos personagens. Lewis Carroll é, em suma, um gênio, de pleno direito.

Mas não é disso que quero falar. E nem do mar de abobrinhas que com certeza surgirá mais uma vez após verificarem as "mudanças" ocorridas na transposição das Alices para o cinema (já falei rapidamente aqui o que penso desse horroroso problema). Eu quero é divulgar este excelente artigo escrito pelo único cérebro pensante da Globo Filmes, Jorge Furtado. Quem poderia saber que ele também é tradutor e estudioso e aficcionado por Lewis Carroll?

Mas claro que esse artigo infelizmente não terá força nenhuma contra a intensa incompreensão que ainda cerca Carroll e seus magníficos textos.

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