quarta-feira, 3 de março de 2010

Três pontos

1) A história do Adão continua; felizmente os leitores jovens "ouviram" meu apelo:

AINDA O ADÃO... 1
"Assusta ver senhores no século 20 julgando os quadrinhos como [Fredric] Wertham no seu "A Sedução dos Inocentes", livro polêmico de 1954 que acusa as HQs de corromperem os espíritos juvenis. Numa boa, adolescentes não são gado, guiados exclusivamente pela indústria cultural. Não é o Adão quem vai macular a imagem pura da família tradicional. Basta os jovens olharem para o rumo que seus pais dão aos seus casamentos para verem que essa instituição não é sinônimo de bom caráter."
Luriel, 23, Belo Horizonte (MG)

AINDA O ADÃO... 2
"Concordo com a leitora que disse que é uma pena que o Adão tenha que frisar que seus quadrinhos são de humor. Não somos tão influenciáveis a ponto de ler um quadrinho e já achar aquilo tudo do casamento!"
Giulia Lopes, 18, Embu-Guaçu (SP)

2) Descobri que a rede Globo comprava os jogos das Olimpíadas de Inverno — com os quais eu não poderia me importar menos — há anos, e nunca os exibia! Isso é criminoso. Impedir que outras redes veiculem atrações pelo simples prazer de inviabilizá-las às concorrentes. O Oscar está pelo mesmo caminho: ano passado a Globo o exibiu mais mutilado que Tiradentes por causa do Carnaval, este ano a desculpa é o Big Brother Brasil. E ainda tem gente que acha que tudo que se fala de ruim da Globo é invenção.

3) Por que reclamam tanto da "falta de lógica" em obras artísticas? O surrealismo está em toda parte, basta perceber; o anúncio de lingerie a seguir é um bom exemplo:


O que dá para extrair disso? Uma moça que sai à luz do dia de roupas íntimas — e ela está penteada e maquiada, ou seja, "ready to go out" — e outra que, de pijama, se diverte com a amiga e esquece de avisá-la que a expressão "apanhada de calças curtas" não significa exatamente sair de calcinha na rua.

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