sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O homem que amava as mulheres

Estou lendo uma biografia do Truffaut e eis que me deparo com isto:

Rubis resplandecentes, eu não vos amo
Pois brilhais com um ardor discreto demais
Prefiro de dois seios a tepidez imoral
Seios duros, seios quentes e armados, de veias azuis, tão pálidas.

Na eterna prisão, entramos sem bater
E chupamos até morrer os encantos da moça
Narciso tateia na água, Ofélia segura os ramos
Descarregamos e nos apagamos num sutil recuo.


No despertar de seus primeiros amores físicos o jovem François comunicava seus feitos ao grande amigo Robert Lachenay por meio de poemas inspirados em trechos literários. E não é só:

Eu queria que seu vestido me cobrisse
Por meus lábios sua calcinha fresca seria umedecida
E meus braços, enlaçando-me sob seus joelhos, dobrariam
Suas coxas ebúrneas e deslizariam por suas meias.


Um doce mais doce que o doce de batata doce para quem me achar os originais desses versos.

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